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HUMAITÁ, AM, Brazil
CRÍTICO SOCIAL. IDADE: 38 ANOS. CACIPOL.

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domingo, 23 de fevereiro de 2014

VAMOS NOS PREPARAR PARA CALAMIDADE

 

O perigo é real e pode acontecer a qualquer momento. A cheia do rio Madeira não é mais probabilidada de cientistas, é real!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

SEGUNDA-FEIRA, 17 DE JUNHO DE 2013

PRIMAVERA DA MANGABA?


"PRIMAVERA TROPICAL E DA MANGABA"

Notamos uma onda jamais vista de protestos e movimentos no mundo. No Oriente Médio (PRIMAVERA ARABE), na Europa (movimento contra estrangeiros, crises econômicas e políticas de austeridade). No Brasil, iniciam-se manifestações "pacíficas" contra taxas abusivas nas tarifas do transporte urbano, mas inserido neste contexto podemos citar reforma politica, PEC 37 que limita o poder do Ministério Publico em investigar.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeWtvUrHSB46qsByDe4XQgxZC4BNNcF68XOCF0-SICKuKZ_ja8pu12FjcaoMtVkE6TPRRC27RJvCjlEEqsfSxtdypu-HHQk0HZPUMMHoSov4IYiZWUuT9eBAtxPoE7LX99M0jm9tKKRb8/s1600/Pizza_de_impunidade.gif
 
Mas em Humaitá? Que tipo de manifestação pode ocorrer? Será que tudo esta bom? Nada é passivo de indignação? A educação é de boa qualidade? As vias são projetadas para dar maior mobilidade e acessibilidade a todos e com boa arborização? Ou o povo já é "marcado" e vive uma vida de gado? Quem é o dono do curral?
 
 
Vamos protestar de forma legal e organizada mas sem deixar o Estado nos dizer o que é melhor pra nós!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SEGURANÇA PÚBLICA - "ARMA DO GOVERNO OU DO POVO?"

24 anos da morte de foucault


Vigiar e Punir: dispositivos de Poder na sociedade capitalista – o fracasso do sistema prisional





“(…) Acendeu-se o enxofre, mas o fogo era tão fraco que a pele das costas da mão mal e mal sofreu. Depois, um executor, de mangas arregaçadas acima dos cotovelos, tomou umas tenazes de aço preparadas ad hoc, medindo cerca de um pé e meio de comprimento, atenazou-lhe primeiro a barriga da perna direita, depois a coxa, daí passando às duas partes da barriga do braço direito; em seguida os mamilos. Este executor, ainda que forte e robusto, teve grande dificuldade em arrancar os pedaços de carne que tirava em suas tenazes duas ou três vezes do mesmo lado ao torcer, e o que ele arrancava formava em cada parte uma chaga do tamanho de um escudo de seis libras. Depois desses suplícios, Damiens, que gritava muito sem contudo blasfemar, levantava a cabeça e se olhava; o mesmo carrasco tirou com uma colher de ferro do caldeirão daquela droga fervente e derramou-a fartamente sobre cada ferida. Em seguida, com cordas menores se ataram as cordas destinadas a atrelar os cavalos, sendo estes atrelados a seguir a cada membro ao longo das coxas, das pernas e dos braços.”







Alguns classificaram o autor do livro Vigiar e Punir, o historiador e filósofo francês, Michel Foucault, de sádico.



O argumento era por Foucault ter aberto o livro com a descrição crua e em detalhes de um suplício (como vocês leram acima).



No entanto, sádico ou não (eu vejo como uma questão de estilo), o fato é que o livro já nasceu como um clássico sobre a história das prisões.



Mesmo achando que o melhor é comprar o livro, ou pegar em alguma biblioteca (é de fácil acesso), você pode baixar o e-book de Vigiar e Punir, clicando aqui.



Foucault faz uma historicização de como se deram as transformações nos modelos de punição para os criminosos, dos suplícios até o surgimento do sistema prisional no século XIX, passando pelo modelo do panóptico de Jeremy Bentham (veja ilustração abaixo).









Você pode observar que o modelo panóptico significa dizer que o observador central vê tudo e todos, enquanto os prisioneiros apenas vêem a torre de observação (veja abaixo)









Abrangindo outras dimensões, a obra de Foucault que estou indicando a leitura, não nasceu de um delírio de um autor acadêmico. Foucault foi um dos membros fundadores do GIP (Grupo de Informações sobre as Prisões), que fez importantes estudos sobre as prisões.



O GIP surgiu depois da dissolução do movimento de inspiração maoísta chamado Esquerda Proletária, quando muitos militantes foram presos, e iniciaram atividades políticas no interior das prisões, reivindicando direitos e status de prisioneiros políticos.

Para o caso de o leitor se interessar pelo assunto, indico também o Volume IV da coleção Ditos e Escritos, de M. Foucault (Estratégia, Poder-Saber), organizado por Manoel Barros da Mota.



Foucault considera que o sistema penintenciário (sistema que consiste em internar pessoas em estabelecimentos fechados até que elas se emendem) fracassou totalmente.



A perspectiva do autor é que esse sistema compõe um outro sistema mais vasto e mais complexo, que é o sistema punitivo. Para Foucault, vivemos dentro de um sistema no qual as crianças são punidas, os operários são punidos, os alunos são punidos, os soldados são punidos, enfim, é-se punido durante toda a vida.



Hospitais, asilos, orfanatos, hospícios, colégios, reformatórios, usinas e prisões, todas essas instituições, segundo Foucault, fazem parte de uma espécie de grande forma social do poder, estabelcido no início do século XIX, e que forneceu as condições necessárias para o funcionamento da sociedade industrial, ou, o sistema capitalista.



Talvez Vigiar e Punir seja o livro no qual está mais evidente a grande influência de Karl Marx em sua obra, apesar de muitos marxistas não conseguirem enxergar isso. Certa vez, Foucault declarou que “se os marxistas não conseguem ver Marx em meus textos, esse é um problema dos marxistas.” Bem entendido, isso não significa dizer que ele fosse marxista.



Enfim, são obras que valem a pena ler. Estamos em plena crise do sistema prisional brasileiro, com uma CPI do sistema carcerário em andamento, comprovando a falência de nosso sistema prisional.



A leitura dessas obras certamente contribuem para uma visão mais crítica sobre a falência de nossas prisões.



Elas não “emendam” ninguém; apenas têm-se mostrado uma escola e fábrica de profissionais do crime.



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* Hoje (26 de junho) estão completando 24 anos da morte de Foucault. Em virtude disso, trouxe de volta esse post, publicado originalmente no dia 6 de março de 2008.

sábado, 18 de julho de 2009

CONHEÇA A VERDADE

Devemos nos preocupar em primeiro com a verdade por trás das coisas. O Verdadeiro nos leva ao Amor.